Horário de verão pode voltar em 2025: o que isso muda para o seu dia a dia?

Um hábito que pode voltar ao cotidiano

Você se lembra de quando os dias pareciam mais longos? Sair do trabalho ainda com sol no céu, encontrar amigos em bares ou restaurantes e aproveitar a noite sem pressa era rotina durante a vigência do horário de verão. Agora, essa medida pode estar prestes a retornar em 2025. Entretanto, não se trata apenas de nostalgia: especialistas afirmam que a mudança pode trazer impactos concretos para a energia, a economia e até para a vida em sociedade.

O papel do horário de verão no sistema elétrico

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) considera o horário de verão uma ferramenta recomendável para aliviar a pressão sobre o fornecimento de energia nos próximos anos. Isso se torna ainda mais relevante entre 18h e 21h, período conhecido como “transição”, quando o consumo residencial cresce, a geração solar diminui e o risco de sobrecarga aumenta. Nesse cenário, o Brasil costuma recorrer às termelétricas, que são mais caras e também mais poluentes. Dessa forma, a retomada do horário de verão se apresenta como uma alternativa simples, de baixo custo e capaz de reduzir riscos imediatos para o sistema elétrico.

A defesa de especialistas e entidades

“Estamos falando de uma medida simples, eficaz e de baixo custo, cuja postergação só aumenta o risco de apagões e a dependência de soluções mais caras”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel. Para ele, o tema deve ser tratado com urgência. Além disso, Solmucci reforça que, no ano em que o Brasil sedia a COP30, recorrer a termelétricas em vez de adotar uma solução sustentável seria um contrassenso. Assim, a pressão por uma decisão oficial se intensifica, especialmente porque a volta da medida exige planejamento prévio para entrar em vigor.

Impactos no consumo e na vida social

Os efeitos, porém, vão além da economia de energia. Com mais tempo de claridade no fim da tarde, cresce a sensação de segurança para circular nas cidades, estimulando a convivência social. Para bares, restaurantes, cafés e lanchonetes, isso significa mesas mais cheias, faturamento maior e um ambiente urbano mais vibrante. A Abrasel, que representa o setor de alimentação fora do lar, destaca que a medida fortalece diretamente os negócios, gerando empregos, ampliando o movimento e consolidando a importância do convívio social nas cidades brasileiras.

Contexto recente e novas pressões

Em 2023, o governo federal descartou a volta do horário de verão alegando falta de tempo para implementação. Contudo, a conjuntura atual é diferente. Com alertas do ONS e a pressão de entidades representativas, como a Abrasel, cresce a expectativa de que a decisão seja tomada rapidamente para garantir a organização necessária. Isso porque a medida não pode ser aplicada de forma improvisada: exige cronograma, planejamento e adaptação. Portanto, o debate volta a ganhar força em 2025, com sinais de que a decisão precisa ser definida ainda neste ano.

Mais luz, mais encontros e mais vida nas cidades

O horário de verão pode significar não apenas economia de energia, mas também mais lazer, mais encontros e maior vitalidade para a vida urbana. Com o fim de tarde iluminado, as pessoas se sentem motivadas a ocupar ruas, praças e estabelecimentos. Esse movimento valoriza o setor de alimentação fora do lar e amplia a dinâmica social, criando um ciclo positivo para a economia. Dessa maneira, a volta da medida representa muito mais que uma solução técnica: simboliza um impulso para a convivência e para o fortalecimento da vida em sociedade.

 

 

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